quarta-feira, 30 de junho de 2010

BIOGRAFIA: John Dewey (1859-1952)

John Dewey nasceu em 1859 nos Estados Unidos na cidade de Burlington no estado de Vermont.
A maior contribuição para sua educação veio de casa, onde sua mãe confiava tarefas aos filhos para despertar o senso de responsabilidade. Esse fato compensou sua educação na escola que foi marcada pelo desinteresse e desestímulo.
Em 1897 se graduou pela Universidade de Vermont, onde foi professor secundário por dois anos. Nesse período desenvolveu um grande interesse pela filosofia. Razão pela qual retornou aos estudos ingressando na Universidade John Hopkins em 1882 e obtendo o título de Doutor em Filosofia.
A partir de setembro de 1884 tornou-se professor de Filosofia na Universidade de Michigan e em 1887 publicou seu primeiro livro, Psychology, onde propunha um sistema filosófico que conjugava o estudo científico da psicologia com a filosofia idealista alemã.
Devido á aceitação desse livro, em 1888, Dewey passou a ocupar o cargo de professor de Filosofia Mental e Moral da Universidade de Minnesota, mas devido á morte de seu mentor, George Morris, retornou à Universidade de Michigan tornando-se chefe do Departamento de Filosofia.
Em 1894, saiu de Michigan para liderar os Departamentos de Filosofia e Pedagogia na recém-criada Universidade de Chicago.
No final da década de 1890, Dewey começou a afastar-se da sua anterior visão idealista neo-Hegeliana e a adotar uma nova posição, que veio a ser conhecida mais tarde como pragmatismo.
Dewey, depois de problemas graves na política interna do Departamento de Educação da Universidade de Chicago, deixou a instituição ligando-se à Universidade de Columbia permanecendo até o fim de sua carreira no ensino em 1930, passando a ensinar como Professor Emérito até 1939 e escrevendo e intervindo socialmente até as vésperas de sua morte.

Entre suas obras se destacam The School and Society (1899; "A Escola e a Sociedade") e Experience and Education (1938; "Experiência e Educação").

John Dewey é reconhecido como um dos fundadores da escola filosófica de Pragmatismo (juntamente com Charles Sanders Peirce e William James), – embora ele preferisse o nome instrumentalismo – um pioneiro em psicologia funcional, e representante principal do movimento da educação progressiva norte-americana durante a primeira metade do século XX. Foi também editor, contribuindo na Enciclopédia Unificada de Ciência, um projeto dos positivistas, organizado por Otto Neurath.

Dewey na obra Democracy and Education, assim como Vygotsky concebia o conhecimento e o seu desenvolvimento como um processo social integrando os conceitos de "sociedade" e indivíduo, ampliando assim a filosofia democrática contidas em Rousseau e Platão, onde o primeiro centrava sua visão no indivíduo e o segundo focava na influência da sociedade onde o indivíduo está inserido.
Para ele, o indivíduo somente passa a ser um conceito significante quando considerado parte inerente de sua sociedade – enquanto esta nenhum significado possui, se for considerada à parte, longe da participação de seus membros individuais.

Em Experience and Nature ("Experiência e Natureza"), defende que o empirismo subjetivo da pessoa é quem realmente introduz as novas idéias revolucionárias no conhecimento. De tal maneira, não considera o ensino como algo acabado, mas como habilidades que o estudante adquire e que pode ser integrado á sua vida como cidadão.
Dewey dirigiu juntamente com sua esposa Alice, na Universidade de Chicago um laboratório-escola, onde as crianças bem novas aprendiam conceitos de física e biologia presenciando os processos de preparo do lanche e das refeições, que eram feitos na própria classe.
Este elemento de ensino com a prática cotidiana foi sua grande contribuição para a Escola Filosófica do Pragmatismo, porém essa iniciativa fracassou diversas vezes em pouco tempo.

Suas idéias, embora bastante populares, nunca foram ampla e profundamente integradas nas escolas públicas norte-americanas, embora alguns dos valores e premissas tenham se difundido. Suas idéias de "Educação Progressiva" foram duramente perseguidas no período da Guerra Fria, quando a preocupação dominante era criar e manter uma elite intelectual científica e tecnológica, para fins militares. No período pós-guerra fria, entretanto, os preceitos da Educação Progressiva têm ressurgido na reforma de muitas escolas, e o sistema teórico de educação tem suas pesquisas evoluído.

John Dewey influenciou educadores de várias partes do mundo. No Brasil inspirou o movimento da Escola Nova, liderado por Anísio Teixeira, onde integrava a atividade prática e a democracia como importantes ingredientes da educação.

Dewey é considerado o responsável pela corrente filosófica conhecida como pragmatismo onde as idéias ensinadas na escola só têm importância se servirem para resolver problemas reais.

O que importa é o crescimento – físico, emocional e intelectual. O princípio é que os alunos aprendem melhor realizando, na prática, tarefas associadas aos conteúdos ensinados. Passam a ser valorizadas no currículo, atividades manuais e criativas e as crianças passaram a ser estimuladas a experimentar e pensar por si mesmas. Dewey defendia a democracia não só no campo institucional, mas também no interior das escolas, visto que é a ordem política que permite o maior desenvolvimento dos indivíduos.
Referências Bibliográficas

http://revistaescola.abril.com.br/historia/pratica-pedagogica/john-dewey-428136.shtml. Acesso em: 21 mai. 2010.

http://www.netsaber.com.br/biografias/ver_biografia_c_292.html. Acesso em: 21 mai. 2010.

http://www.planetaeducacao.com.br/portal/artigo.asp?artigo=447. Acesso em: 21 mai. 2010.
http://pt.wikipedia.org/wiki/John_Dewey. Acesso em: 21 mai. 2010.

MATERIAL DIDÁTICO



Nutrido por diversas ciências da educação, Dewey é considerado o maior pedagogo do século XX, segundo CAMBI (1999), foi o teórico mais orgânico de um novo modelo de pedagogia e o seu papel político, como ferramenta de transformação social e construção de uma sociedade democrática.
Dewey foi um dos maiores colaboradores e observadores da grande transformação social e cognitiva ocorrida no século XX (ligada à industrialização, à difusão da ciência, ao advento da sociedade de massa e ao desenvolvimento da democracia).
Sua reflexão encaminhou-se para a construção de uma rigorosa filosofia da educação, e a elaboração de um eficaz projeto operativo, inovador na perspectiva escolar e didática.
Sua extensa contribuição à cerca do problema educativo, possibilita a elaboração de uma pedagogia extremamente engajada e atenta aos problemas da sociedade industrial moderna, assim como às instâncias de promoção humana típica da pedagogia contemporânea.
A pedagogia de Dewey tem como premissa, o permanente contato entre a teoria e a prática (práxis); fazendo com que o aluno se torne o momento central da aprendizagem, proximidade das pesquisas experimentais; ao qual a educação deve recorrer para definir corretamente seus próprios problemas, além da construção de uma filosofia da educação que assuma um papel preponderante no campo político e social; tida como eixo central no desenvolvimento democrático da sociedade e a formação de um cidadão dotado de uma mentalidade moderna, científica e aberto à colaboração.
Para CAMBI (1999), tais características tornaram a pedagogia de Dewey em uma espécie de “modelo-guia” no movimento da “escola ativa”, que desde fins do século XIX até a década de trinta do século XX, seja na Europa ou na América, encontrou um terreno fértil para o desenvolvimento de contribuições teóricas e práticas, pretendendo colocar a criança como protagonista do processo educativo, e no centro de toda iniciativa didática, opondo-se às características mais autoritárias e intelectualistas da escola tradicional.
Segundo Dewey, a escola não poderia permanecer alheia a essa profunda transformação social vivenciada naquele momento histórico, mas sim, ligar- se ao “progresso social” objetivando mudar a sua estrutura.
À luz do que precede, Dewey considera que a escola deveria ser uma “sociedade embrionária”, por intermédio de um contato mais estreito com o ambiente e com a realidade social do trabalho, conjugando atividades escolares com as produtivas; como a carpintaria e tecelagem, e com as familiares; como cozinhar, introduzindo no âmbito escolar motivações concretas para o aprendizado das várias matérias, através da conscientização da sua utilidade no cotidiano.
Dewey considera primordial a mudança do “centro de gravidade” da escola, que outrora era colocado “fora da criança”, e que a partir daquele momento deveria ser formado pelas características fundamentais da natureza infantil, e para tal objetivo, CAMBI (1999) considera essencial que:
(...) na escola elas deverão encontrar um espaço adequado aos quatro interesses fundamentais: “para a conversação ou comunicação”, “para a pesquisa ou descoberta das coisas”, “para a fabricação ou a construção das coisas”, “para a expressão artística”; e todo trabalho escolar deverá ser renovado à luz dessa “revolução copernicana”, introduzindo, ao lado dos laboratórios, espaço para a criação artística e para o jogo.
CAMBI, Franco. HISTÓRIA DA PEDAGOGIA. São Paulo. Ed. UNESP. 1999, P.
550.
O ativismo pedagógico desenvolve-se nos seus escritos e experiências educativas que ele vinha realizando na escola anexa à Universidade de Chicago, buscando uma profunda renovação da didática e da organização da escola.
Essa visão de educação sofreu distorções, prevalecendo interpretações de tipo individualista e espontaneísta, libertário e antiintelectualista. Com isso, Dewey intervém para corrigir essas interpretações do ativismo pedagógico com a densa obra experiência e educação, onde expõe seu pensamento sobre a necessidade da escolha e organização dos métodos e materiais educativos apropriados na busca de uma nova direção às escolas.
Dewey considerava que a escola deveria abrir-se para a comunidade, para atividades, valores e etc. A escola por ele pensada apresenta características extremamente democráticas ainda nos nossos dias, pois não se restringe ao âmbito didático, mas também ao administrativo, na qual o corpo docente é chamado a participar diretamente ou através de representantes democraticamente eleitos, na formação de metas diretivas, dos métodos e das matérias usados naquela escola.
Dewey acredita que interesses educativos não são apenas um simples termo, mas que o termo interesse está associado a certas e determinadas condições que tornam a ação uma ocupação absorvente. Nesse sentido ele exemplifica as atividades que refletem na educação, que são: atividade inclui todas as expressões de nossas capacidades, a variedade dos interesses, atividade física, atividade construtiva, atividade intelectual e atividade social.
Quando se pensa em materiais didáticos para o ensino da matemática, não basta apenas os livros, porque esses ficam restritos apenas à manipulação dos alunos sem que seja de forma lúdica e apenas com função educativa. É necessário que seu uso esteja atrelado a objetivos bem definidos quanto ao aspecto de promover a aprendizagem dos conteúdos da matemática, ou seja, a um cuidadoso planejamento da ação.
O princípio é que os alunos aprendem melhor realizando tarefas associadas aos conteúdos ensinados. Atividades manuais e criativas ganharam destaque no currículo e as crianças passaram a ser estimuladas a experimentar e pensar por si mesmas. Nesse contexto, a democracia, por ser a ordem política que permite o maior desenvolvimento dos indivíduos, tem o papel de decidir em conjunto o destino do grupo a que pertencem. Dewey defendia a democracia não só no campo institucional, mas também no interior das escolas.
A experiência educativa é, para Dewey, reflexiva, resultando em novos conhecimentos. Deve seguir alguns pontos essenciais: que o aluno esteja numa verdadeira situação de experimentação, que a atividade seja interessante para o aluno, que haja uma problemática a ser resolvida por ele, que ele possua os conhecimentos para agir diante da situação e que tenha a chance de testar suas idéias. Reflexão e ação devem estar ligadas, são parte de um todo indivisível. Dewey acreditava que só a inteligência dá ao homem a capacidade de modificar o ambiente a seu redor.


A escola-laboratório criada por Dewey em Chicago: a prática acima de tudo

Uma das principais lições deixadas por John Dewey é a de que, não havendo separação entre vida e educação, esta deve preparar para a vida, promovendo seu constante desenvolvimento. Como ele dizia, "as crianças não estão, num dado momento, sendo preparadas para a vida e, em outro, vivendo". Então, qual é a diferença entre preparar para a vida e para passar de ano? Como educar alunos que têm realidades tão diferentes entre si e que, provavelmente, terão também futuros tão distintos?

ATIVIDADES DIDÁTICAS

O jogo War é disputado com um mapa do mundo dividido em 6 regiões (Europa, Ásia, África, América do Norte, América do Sul e Oceania). Cada jogador recebe uma carta com um determinado objetivo e quem completar primeiro o seu e declará-lo cumprido é o vencedor.

É disputado em rodadas, nas quais os participantes colocam exércitos e atacam outros oponentes.

Esse jogo foi lançado nos Estados Unidos com o nome de Risk em 1952. Uma partida pode durar várias horas, com disputas, regidas pela estratégica dos jogadores e pela sorte lançada pelos dados.

Um jogo que desenvolve o raciocínio lógico e também os conhecimentos de geografia e história. WAR é um jogo criado para ser jogado por 3 e no máximo 6 jogadores. Dificilmente um jogador conseguirá ganhar o jogo baseado somente na sorte: é necessária uma boa dose de estratégia para se sair vencedor.
Vence o jogo aquele que atingir o objetivo que lhe couber. Este objetivo só é conhecido pelo próprio jogador, que em princípio
deve usar esta vantagem: a clara demonstração do seu objetivo dificultará atingi-lo.

Recomenda-se que se tente jogar à medida em que se vai lendo as regras, de modo a facilitar a compreensão dos mecanismos de WAR.

Segue abaixo imagem do jogo.

O Tangram é um quebra-cabeça chinês formado por 7 peças (5 triângulos, 1 quadrado e 1 paralelogramo)

Com essas peças podemos formar várias figuras, utilizando todas elas e sem sobrepô-las. Segundo a Enciclopédia do Tangram é possível montar mais de 1700 figuras com as 7 peças.

Esse quebra-cabeça, também conhecido como jogo das sete peças, é utilizado pelos professores de matemática como instrumento facilitador da compreensão das formas geométricas. Além de facilitar o estudo da geometria, ele desenvolve a criatividade e o raciocínio lógico, que também são fundamentais para o estudo da matemática.

Existem várias lendas sobre o surgimento do Tangram. Os antigos contam que: uma pedra preciosa se desfez em sete pedaços e com eles era possível formar várias formas (animais, plantas, pessoas). Outra versão diz que um imperador deixou o seu espelho cair, e esse se desfez em 7 pedaços que poderiam ser usados para formar várias figuras, e outra que diz que no desenho yu gi oh gx na 3ª temporada tem um jogador que tem sete feras de cristais e cada uma é uma parte do Tangram. A verdade é que não se sabe ao certo como surgiu o Tangram.


Esse quebra-cabeça, também conhecido como jogo das sete peças, é utilizado pelos professores de matemática como instrumento facilitador da compreensão das formas geométricas. Além de facilitar o estudo da geometria, ele desenvolve a criatividade e o raciocínio lógico, que também são fundamentais para o estudo da matemática.

BIBLIOGRAFIA:

DEWEY, John. (The child and the curriculum Português, tradução).Vida e Educação. 10 ed. Melhoramentos. São Paulo. 1978.

CAMBI, Franco. HISTÓRIA DA PEDAGOGIA. São Paulo. Ed. UNESP. 1999.


Estrutura da Educação

Para (LARROYO, 1974), a pedagogia dos fins do século XIX e início do século XX desenvolveu-se como uma reação aos velhos sistemas educativos que priorizavam o sistema de ensino centrado na figura do professor e na transmissão de conteúdos, sendo influenciada pela corrente pedagógica que ficou conhecida como “Pedagogia da Ação”. Essa corrente defendia principalmente que o conhecimento não era algo transmitido de fora para dentro, mas que o aprendizado partia da criança, através dos estímulos que essa recebe.

Nesse contexto surge nos fins do século XIX o movimento das escolas novas, que “superando a escola memorista e livresca com seu contexto intectualista da educação, estenderam a atividade escolar a outras manifestações da vida infantil, mediante a trabalhos manuais, técnicos e agrícolas”. (LARROYO, 1974, p .713 )

Segundo (VEIGA, 2007), os propagadores dessa pedagogia tinham nova concepção do tempo e do espaço escolares, assim como o do material pedagógico e do processo de transmissão do conhecimento. A educação era chamada de ativa, porque propunha integrar o processo de ensino aprendizagem ás exigências da velocidade, do automatismo industrial e da eficiência de resultados. Com isso, a escola torna-se espaço privilegiado para instruir e educar os futuros cidadãos e membros da sociedade.

Ainda para (VEIGA, 2007), concepções como escola nova, escola ativa e escola do trabalho são designações de uma nova pedagogia que variava segundo os autores e as tradições locais. Para essa autora, esse movimento pedagógico pode ser sintetizado em sete temas básicos: puericentrismo: (procedimentos didáticos centrados na criança); ênfase na aprendizagem pela atividade; motivação; estudo a partir do ambiente circundante; socialização; antiautoritarismo e antiintelectualismo (crítica ao verbalismo de muitos programas de ensino).

Dentre os diversos teóricos que se inseriram no movimento da Pedagogia da Ação, Dewey foi um grande contribuidor, estando inserido em uma corrente filosófica denominada pragmatismo, embora, de acordo com (PITOMBO, 1974), Dewey preferisse a denominação instrumentalismo.

De acordo com (VEIGA, 2007), o instrumentalismo defendido por Dewey pode ser resumido em quatro pontos:
1. Todo pensamento se origina de uma situação problemática;
2. Deve-se sempre levar em consideração as experiências anteriores para se elaborar situações problemáticas com significado concreto;
3. A resolução do problema deve partir de suposições e hipóteses, mecanismo que influência no desenvolvimento do ato de pensar;
4. Além de vivenciar situações individuais de aprendizagem é necessário agir em comunidade, cooperando com os diferentes grupos. O aperfeiçoamento das relações sociais é o elemento fundamental da ação educativa.

De acordo com artigo publicado na revista Nova Escola, em julho de 2008, denominado “John Dewey - O pensador que pôs a prática em foco”, Dewey sofreu forte influência tanto do evolucionismo das ciências naturais quanto do positivismo das ciências humanas. Sendo ainda muito influenciado pelo empirismo, o que o impulsionou a criar uma escola-laboratório em Chicago, EUA, esta que se manteve ligada à universidade onde lecionava para testar métodos pedagógicos.

Para (LARROYO, 1974, p. 724) Dewey foi o primeiro filósofo que “com profunda visão, se opôs à pedagogia herbartiana da educação pela instrução”, fugindo da simples transmissão de conteúdos, com atividade repetitiva e cansativa. Uma das principais propostas de Dewey consistia em educar a criança como um todo, valorizando o seu crescimento físico, emocional e intelectual.

Em suma podemos verificar que:

O princípio da ação rejeita a aprendizagem mecânica e formal, rotineira e tirânica; (...). O ensino pela ação deve atender ao interesse produtivo da criança, sua liberdade e iniciativa para o progresso social. O que importa guardar no espírito, com respeito à introdução, na escola, das diversas formas de ocupação ativa, é que mediante elas renova-se o espírito da escola. Existe esta oportunidade para filiar-se à vida, para fazer o ambiente natural da criança, onde esta aprende a viver realmente, em vez de ser um lugar onde se aprendem simplesmente lições que tenham uma abstrata e remota referência a alguma vida possível que venha a se realizar no porvir.” (LARROYO, 1974. p.725).


A filosofia de Dewey, para (PITOMBO, 1974), remete a uma prática docente baseada na liberdade do aluno para elaborar os seus próprios conhecimentos, os seus próprios conceitos.

De acordo com (CUNHA, 1994), o professor deve apresentar os conteúdos escolares na forma de questões ou problemas e jamais oferecer aos alunos respostas prontas sem a possibilidade de se levantar discussões. Ao invés de iniciar sua aula com a apresentação de conceitos já elaborados e acabados, o professor deve incentivar o seu aluno a raciocinar, a problematizar os temas em estudo, e a partir de levantamentos construir com os alunos os conceitos chaves para o estudo que está sendo realizado.

O legado proposto por Dewey nos finais do século XIX e início do século XX, ainda se mantém na atualidade. Na visão da revista Nova Escola suas ideias possuem forte presença nas teorias mais modernas da didática, como o construtivismo e as bases teóricas dos Parâmetros Curriculares Nacionais.



Bibliografia:

CUNHA, Marcus Vinícius. John Dewey: uma Filosofia para Educadores em Sala de Aula. Ed. Vozes. 1994.

DEWEY, John. Uma Filosofia para Educadores em Sala de Aula. Petrópolis. Ed. Vozes. 1999

LARROYO, Francisco. História Geral da Pedagogia. São Paulo. Ed. Mestre Jou. 1974.

PITOMBO, Maria Isabel. Conhecimento, Valor e Educação em John Dewey. São Paulo. Ed. Pioneira. 1974.

VEIGA, Cynthia Greive. História da Educação. São Paulo: Ática, 2007.

Autor desconhecido. John Dewey - O pensador que pôs a prática em foco. Disponível em: http://revistaescola.abril.com.br/historia/pratica-pedagogica. Acesso em: 14/05/2010. Publicado em julho/2008.

Contexto Político e Econômico

A Guerra de Secessão ou Guerra Civil Americana foi um conflito militar que ocorreu nos Estados Unidos, entre os anos de 1861 e 1865. De um lado ficaram os estados do Sul contra os do Norte. As diferenças de interesses existentes entre as elites do sul agrário e as do norte industrial foram às causas da guerra civil norte-americana.
Os estados sulistas defendiam a escravidão, já os estados nortistas apoiavam o trabalho livre. Os estados do Sul tinham uma economia tipicamente agrário-exportadora, e também utilizavam o trabalho escravo. Os do Norte, por sua vez, possuíam uma economia fortemente industrializada.
A guerra teve início em 1861 através de ações militares do Sul. O Norte contava com um verdadeiro parque industrial para fabricar armamentos e outros recursos. A Guerra Civil Americana durou cinco anos e provocou a morte de aproximadamente seiscentas mil pessoas. A vitória definitiva do Norte foi conquistada na última batalha da guerra, em Appomattox, na Virgínia. Assim os estados do Norte, mais ricos e preparados militarmente, venceram e impuseram seus interesses. A escravidão foi abolida, atendendo os objetivos dos estados do Norte. Apesar disso, os negros não tiveram nenhum programa governamental que lhes garantissem a integração social.
Após a Guerra da Secessão, os Estados Unidos alcançaram um desenvolvimento industrial efetivo, que foi facilitado pela abundância de recursos naturais e pela presença de uma extensa rede de transporte fluvial e ferroviário. É preciso mencionar que esse contexto insere-se no momento que acontecia a Segunda Revolução Industrial.
A Segunda Revolução Industrial começou em 1850, e fez com que a industrialização entrasse num ritmo mais intenso, com a obtenção de novas fontes de energia como o petróleo e a eletricidade. Outros progressos importantes foram à substituição do ferro pelo aço, e também as modernizações dos sistemas de comunicações.
Em pouco tempo, a industrialização atingiu todo o continente europeu, e posteriormente o resto do mundo. Foi uma época de muito progresso econômico e tecnológico, além das contínuas lutas dos trabalhadores contra as péssimas condições de trabalho. Também, os empresários buscaram se unir com outros empresários, formando cartéis e trustes , com o objetivo de dominar o mercado.
Com o intuito de se aumentar ao máximo à produtividade das fábricas, e também extrair o maior aproveitamento possível da força de trabalho surgiu o modelo de produção taylorista, cuja característica principal é a organização da divisão de tarefas dentro de uma empresa, e também o modelo de produção fordista, cuja principal característica é a fabricação em massa.
Esse período marca também a expansão do Imperialimo. Na busca de novas áreas para colonizar (sobretudo na Ásia e África), as potências industrializadas precisavam de matéria-prima, mercados consumidores e zonas para aplicar o lucro excedente, o que ocasionou uma disputa entre as potências, originando inúmeros conflitos e um crescente armamentismo que culminariam na Primeira Guerra Mundial, iniciada em 1914.
A Primeira Guerra Mundial foi causada, primeiramente, pelas tensões advindas das disputas por áreas coloniais. Alguns países estavam insatisfeitos com a partilha da Ásia e da África, ocorrida no final do século XIX. Alemanha e Itália, por exemplo, haviam ficado de fora no processo neocolonial. Enquanto isso, França e Inglaterra podiam explorar diversas colônias, ricas em matérias-primas e com um grande mercado consumidor.
Também, a França desejava reconquistar a região da Alsácia-Lorena perdida para a Alemanha, durante a Guerra Franco Prussiana. Ao mesmo tempo, a Alemanha, após a unificação política, começou a reivindicar áreas coloniais e a contestar a hegemonia internacional inglesa.
Os principais países envolvidos na Primeira Guerra Mundial constituíram duas grandes alianças que foram a Tríplice Entente (formada pela Inglaterra, França, Rússia) e a Tríplice Aliança (composta pelo Império Alemão, Império Austro-Húngaro e Itália).
Em 1917, os EUA entraram na guerra ao lado da Tríplice Entente, no mesmo ano em que a Rússia, por causa da Revolução Russa, retirava-se. Os reforços dos EUA foram fundamentais para acelerar o esgotamento do bloco Alemão, sendo que em 1918, a Alemanha se retirou da guerra.
No ano de 1919 foi assinado o Tratado de Versalhes, que estabeleceu restrições e punições aos alemães. Nesse tratado, a Alemanha assumiu a responsabilidade pelo conflito mundial, comprometendo-se a cumprir várias exigências políticas, econômicas e militares .
A Primeira Guerra Mundial trouxe outras conseqüências como: a ascensão dos Estados Unidos, que a partir de então se tornou uma grande potência econômica mundial; o surgimento de novas nações, devido ao desmembramento do Império Austro-Húngaro e Turco e o surgimento de regimes políticos autoritários, como o nazismo e o fascismo.
Com a Primeira Guerra Mundial, os Estados Unidos da América aumentaram exponencialmente sua produção para atender as demandas de consumo dos países europeus, e também os novos mercados conquistados durante a guerra. O aumento da produção colaborou para a criação de meios para se produzir de forma mais rápida, sendo que máquinas mais precisas e eficientes do que operários, aos poucos foram substituindo a mão de obra, o que ocasionou altos índices de desemprego.
Apesar das grandes discrepâncias sociais provocadas pela onda de desempregos, a economia ainda caminhava favoravelmente, pois, mesmo sem que a classe operária continuasse a consumir, os mais ricos ainda compravam e a Europa ainda importava, dessa forma, as fábricas continuaram a produzir grande quantidade de produtos.
Após a Grande Guerra, a Europa se reergueu aos poucos, e com o passar dos anos, sua dependência em importar produtos norte-americanos reduziu de forma considerável, o que provocou grandes impactos na economia dos EUA.
O mercado interno já não estava favorável e com a queda nas exportações, não havia para onde evacuar a produção, o que gerou uma queda no valor das ações na Bolsa de Valores de Nova York. Ao perceber este quadro, vários acionistas tentaram vender suas ações, porém com a grande oferta, as ações desvalorizaram ainda mais, fato este que, em outubro de 1929, ocasionou a quebra da bolsa de valores.
Grandes empresários faliram e consequentemente, muitas empresas fecharam suas portas, o que ocasionou ainda mais desemprego. O quadro foi de verdadeiro caos, sendo que dentro deste contexto, o Estado percebeu a necessidade de abandonar a idéia do “laissez faire, laissez passer”, e a partir daí, promover intervenções no mercado, postura esta, defendida por John Maynard Keynes.
O Estado passou a propor medidas para reorganizar a economia e a sociedade, porém sem eliminar as bases da economia capitalista, embasadas nas leis do mercado. Tais medidas foram denominadas como “New Deal”, ações estas colocadas em prática durante o mandato do Roosevelt, eleito em 1933. O “New Deal” foi um amplo arranjo de medidas governamentais para apoiar organizações financeiras, comerciais e industriais com dificuldades, aliado a um conjunto de iniciativas que visavam fomentar empregos e melhoria nas vidas dos trabalhadores .
Apesar da intervenção do Estado, o liberalismo não foi abandonado, ficando então, dividido em duas correntes de pensamento. A primeira apegada à idéia de liberdade como direito natural, reunia aqueles rejeitavam qualquer ação governamental que controlasse uma política social. A segunda, defendia o principio de que a sociedade organizada deveria usar os seus poderes para estabelecer as condições para que as multidões participassem dos vastos recursos materiais, ou seja, permitir a todos a participação na distribuição dos bens materiais.
John Dewey compartilhava dos princípios propostos pela segunda corrente de pensamento, chegando a posicionar-se:

[...] os economistas liberais montaram um corpo de doutrina em que o regime de liberdade econômica, dirigia automaticamente a produção por meio da competição para canais de distribuição que proveriam, tão efetivamente, quanto possível, os bens e serviços, supondo que a motivação e o interesse próprio do indivíduo libertaria as energias produtoras marchando-se para uma crescente abundância. Se os primeiros liberais tivessem apresentado a sua interpretação sujeita à relatividade histórica não a teriam congelado como doutrina a ser aplicada em todos os tempos e sob todas as circunstâncias sociais (DEWEY, 1970, p. 41-42).

Com as intensivas intervenções estatais através do “New Deal”, o problema foi amenizado, mas a economia não se recuperou totalmente. A Segunda Guerra Mundial foi o que efetivou a retomada do ritmo da economia norte-americana.

Referências bibliográficas

DEWEY, John (1970). Liberalismo, liberdade e cultura. Tradução de Anísio Teixeira. São Paulo: Nacional, EDUSP.

GALIANI, Claudemir; MACHADO, Maria Cristina Gomes. Algumas reflexões sobre as propostas educacionais de John Dewey para uma sociedade democrática. Cadernos de História da Educação, n.3, jan./dez. 2004. Disponível em:
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Sites consultados

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PORTALIMPACTO. Disponível em:
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WIKIPEDIA. Disponível em:
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quinta-feira, 20 de maio de 2010

Um pouco da história de Dewey

Filósofo norte-americano. Ocupou-se da Psicologia e da Sociologia antes de dedicar-se à Pedagogia. Aplicou-se em situar as questões pedagógicas de forma científica, considerando tudo o que se relaciona à adaptação do homem ao meio material e social.

Em sua concepção a sociedade tem suas necessidades por isso os indivíduos devem ser preparados para assegurar a vida dessa sociedade.

Para experimentar suas ideias e mostrar que elas eram aplicáveis, Dewey criou junto à Universidade de Chicago onde ensinava, uma escola de aplicação onde seus projetos foram testados.

Declarou que a educação é um processo social, portanto a sociedade precisa de educação para formar os cidadãos.

Defendeu que: o conhecimento torna-se válido quando adquirido pela experiência; a disciplina não deve ser adquirida pela sujeição; pregava que a aprendizagem deveria partir de um estímulo interno e não da ação externa e que o conhecimento acontece quando há uma necessidade para a vida.

Dentro da Pedagogia Social, Dewey tomou partido da Democracia. Idealizou uma sociedade com participação de todos. Uma sociedade igualitária com um tipo de educação que proporcione aos indivíduos um interesse pessoal nas relações e no controle social que assegurem as mudanças sociais sem introduzir a desordem. Para isso, pregava a necessidade de se descobrir e explorar o interesse da criança para levá-la o mais cedo possível a desenvolver trabalhos manuais coletivos para habituar e despertar a submissão os objetivos e leis da democracia.